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sábado, 12 de março de 2011

Aprendiz de Ferreiro - Capítulo 3



Olá pessoal!

Então, depois de duas semanas de férias (carnaval, viajar e etc) voltei com a minha série midseason. Por causa das férias relapsas, o que eu estava preparando para o terceiro capítulo ficará para o quarto. Espero que gostem!

Um grande abraço e até a próxima batalha!

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Eu e meu irmão elfo voltávamos com a carroça em plena velocidade para Ibelin. A cidade de Arlia seria alvo de um novo ataque da tropa orc que circundava os arredores da cidade em quatorze dias, e nós estávamos tentando buscar socorro da minha cidade natal.

Desde o momento em que deixamos Arlia para trás eu sentia algo como um mau pressentimento. Tinha a impressão de que minha volta para casa não seria tranquila. Eu pouco olhava para meu irmão, mas sabia que ele estava de prontidão, utilizando ao máximo seus sentidos élficos para impedir que fôssemos emboscados por alguma patrulha orc que pudesse estar em nosso caminho.

Depois de horas de viagem senti um medo se apossar do meu peito. Nuvens negras de fumaça e o cheiro de queimado se erguiam à uma distância não muito grande de nós. Minha cabeça se encheu de pensamentos errôneos, tentando me lembrar do que poderia estar queimando naquela localidade.

Foi meu irmão que disse em voz alta.

-A estalagem.

Arregalei os olhos e pus mais velocidade na carroça. Realmente, naquele local havia uma estalagem. "O Buraco na Bota", uma estalagem pequena, que nos acolheu na viagem de ida. Haviam duas mulheres lá. A mais velha era a dona, enquanto que sua filha cozinhava. As duas haviam sido bastante atenciosas conosco.

Quando finalmente fizemos a curva da estrada e pudemos ver a estalagem ao longe, meu corpo todo tremeu. Além da estrutura toda em chamas, a palha do telhado estalando, poças enormes de sangue na entrada e na grama ao redor. Ninguém poderia ter sangrado tanto e continuado vivo.

Meu irmão desceu da carroça e começou a procurar rastros no solo. Conduzi a carroça para um ponto distante da estalagem e a atrelei às árvores locais. Me juntei ao meu irmão no momento em que ele me sinalizou ter encontrado alguma coisa. Pegadas grandes, de botas pesadas.

Adentramos o mato, ele à minha frente. Andamos por cerca de metade de uma hora até que vimos. Já era final de tarde, e os três orcs estavam em volta de uma fogueira. Próximo deles havia uma carroça de tamanho similar à nossa, atrelada à um búfalo preto. O veículo gotejava sangue e pude ver um braço feminino pela borda, caído.

As criaturas riam alto. Tinham os lábios sujos de sangue e levantavam rudes canecos de barro, que transbordavam com um líquido rubro. Quase parti para cima sem pensar, mas meu irmão me segurou pelos ombros. Teríamos que ser coordenados, se quiséssemos sair vivos e vitoriosos dali.

Meu irmão elfo me olhou nos olhos e apontou para a minha pistola flintlock.51, fazendo sinal para o orc que estava de costas. Compreendi de imediato. Alef subiu em uma árvore e sacou duas adagas. Me adiantei e fiz mira.

O som da pólvora estourando encheu a floresta. Um dos orcs tombou para frente, seu corpo inerte caindo sobre a fogueira. Os outros dois se ergueram assustados enquanto eu corria em sua direção brandindo a espada de madeira. Ainda me valendo do elemento surpresa, acertei o joelho do orc mais próximo, ouvindo um sonoro estalar.

Senti o vento do golpe do terceiro orc. Recuperado e tendo se armado novamente com sua espada e seu escudo, seu golpe por pouco não me atingiu o rosto. O orc lutava bem, bloqueava meus ataques com seu escudo e estocava com a espada de forma fluída, quase me atingindo por diversas vezes. Talvez eu tivesse sido ferido, naquela luta, não fosse pelo meu irmão.

No momento em que o orc me empurrou para trás com o escudo e se preparava para perfurar com sua espada, ele caiu sobre um dos joelhos. O sangue escorria farto por causa da adaga arremessada por Alef, que cravou-se bem atrás do joelho da criatura, onde sua armadura não o protegia.

Me adiantei e o golpeei na cabeça. Estava feito. A luta havia terminado e tínhamos saído vitoriosos. E, mais importante, tínhamos um orc vivo, do qual poderíamos extrair algumas informações.

Alef se uniu a mim e caminhamos em direção ao orc que eu havia atingido na perna. Ele grunhia e praguejava em seu idioma que nós não entendíamos. Apontava os dedos com garras em nossa direção e ali eu tive certeza de que estava sendo amaldiçoado e jurado de morte ou algo assim.

Extraímos poucas informações da criatura, mas uma delas nos assustou. A tropa orc contava com três mil componentes. O orc olhou nossos rostos ao dizer isso e percebi que se deliciava com nosso temor. Maldito.

Quando estava pensando no que faríamos com o orc, Alef golpeou a garganta da criatura com sua adaga. Ele acabou fazendo o que eu achava que o monstro merecia, mas o que eu achava que não era certo.

No final das contas, colocamos fogo na carroça deles e soltamos o búfalo. Pilhamos suas armas e armaduras e colocamos em nossa carroça. Precisávamos chegar rápido em Ibelin.

Arlia não resistiria sozinha à um exército de três mil.

Continua...

terça-feira, 1 de março de 2011

Resenha - Dead Space




Olá pessoal!

Então meus caros, nessa minha nova onda de estagiário assalariado (mesmo que com atrasos e tudo o mais) sobrou um tempo para, além de estudar como se não houvesse amanhã e me esforçar para escrever um projeto semanal e outros três projetos de longo prazo, jogar um novo game.

Na verdade, acho que jogar games é a minha forma de dar uma relaxada e manter a sanidade, rs.

Logo, estava eu, após finalizar inFamous, um tanto quanto órfão, aguardando ansiosamente os lançamentos de 2011, quando finalmente o encontrei, depois de tanta espera!

Dead Space 2!!!



Comprei logo, fiquei maluco, instalei no PC e delirei logo nos primeiros minutos de jogo. Eu curto tanto essa franquia que resolvi resenhar aqui, como fiz com inFamous, e recomendar pra galera!

O primeiro Dead Space foi lançado em 2008, pela EA. A empresa não era amplamente conhecida por games no estilo survival horror, então de início muitas pessoas não levaram fé no jogo.



De cara, uma característica bastante inovadora: a falta de hud's na tela. Não havia a famosa barra de energia no canto inferior esquerdo ou o contador de munição no canto superior direito. Todos as informações necessárias estavam integradas ao jogo, como parte do cenário e da história em si. No traje do protagonista (e de outros personagens também) uma barra luminosa sobre a coluna indica o status de saúde. Quando o protagonista faz mira com sua arma, um pequeno led holográfico se faz presente ao lado da arma para que ele (sim, ele, e não você jogador) saiba quanto lhe resta de munição.



A idéia dos hud's integrados à história e ao cenário dá uma grande veracidade e imersão, além de te dar a sensação, por várias vezes, de estar vendo um filme, e não jogando um jogo.

Outro ponto que achei bastante positivo é a idéia de que o protagonista não é um fuzileiro-naval-forças-especiais-super-treinado-elite e sim um engenheiro. Particularmente eu gosto de jogos no estilo surviving horror, mas em uma das minhas séries favoritas, Resident Evil, os protagonistas são tão bem armados e treinados que eu sempre costumo dizer "é surviving horror para os zumbis".

Outros jogos já exploraram protagonistas não treinados, devo dizer. Silent Hill e o próprio Resident Evil Outbreak exploram esse ponto, mas isso não faz Dead Space ficar para trás.

A história se desenrola quando a nave mineradora de planetas USG Ishimura perde suas comunicações. Uma equipe é enviada para restaurar os sistemas e investigar o ocorrido e, entre eles, está Isaac Clarke, um engenheiro que se voluntariou para a missão ao receber um vídeo de Nicole, sua namorada, que é a médica abordo da Ishimura.

O jogo contém muita ação e suspense, e muitos sustos! Sério, as situações alucinantes e criaturas grotescas abordo fizeram por muitas vezes meus cabelos ficarem em pé!

Não vou dar spoiler sobre a história, afinal, se tivessem me contado tudo, várias situações não teriam sido tão fodásticas.

Entre o lançamento do primeiro e do segundo jogo, ainda foram lançados duas animações: Downfall e Aftermath. O primeiro se passa antes do primeiro jogo, e conta como a nave ficou no estado em que se encontrava quando Isaac chegou. O segundo se passa três anos após o primeiro jogo e algumas semanas antes da continuação. Recomendo para todos, é irado e explica muita coisa sobre a história em si.



Mas vejam os filmes DEPOIS de finalizar os jogos, sim?

E, finalmente, nesse ano abençoado de 2011, saiu Dead Space 2. O jogo já começa mantendo o ritmo alucinante, e as criaturas grotescas estão agora duas vezes piores. Mais velozes, com ataques inovadores e bem mais nojentos. Tem tudo pra ser outro jogo de arrepiar.

Quando abri a caixa, ainda um bônus bem legal. Quando você compra o jogo, dentro vem um encarte com um código. Esse código é para ser colocado em sua conta EA e permite que, quando você for jogar Dragon Age 2 (outro jogo irado que logo, logo estarei falando aqui também) você utilize o código e use uma armadura medieval baseada no traje de Isaac. Achei irado e estou apenas aguardando Dragon Age ansiosamente!



Mais um jogo que ainda não cheguei no final antes de fazer a resenha, por isso vou ficando por aqui. Espero que o final seja tão bom quanto o do primeiro, porque os rumores são de que um terceiro jogo será feito!

Dedos cruzados pra ser verdade!

Um grande abraço e até a próxima batalha.