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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Histórias da Taverna



Olá Pessoal!

Como vão as senhoras e os senhores? Eu vou indo, com o tempo bizarramente escasso e dividido entre estudar feito um condenado, desenhar, jogar PS3, RPG e alimentar meu novo hobbye (vício), Magic the gathering.

Anyway, hoje eu vim falar sobre um bloqueio que eu tenho. Uma dificuldade enorme em escrever histórias com protagonistas femininas.

Então, sob influência (ou quase intimidação) de meu grande amigo Rafero, eu vou escrever um pequeno arco de um prólogo e cinco capítulos com uma protagonista feminina!!

Ah, sim, cá está o concept art que inspirou a protagonista (e seu fiel companheiro).



Yupi!!

Fiquem agora com a introdução!

Grande abraço e até a próxima batalha!

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OmniField - Prólogo

O ser de pura energia lhe guiava pelos túneis labirínticos da USS Shanbara. O cruzador espacial estava em meio à uma abordagem, e as centenas de naves classe Berserker atacavam sem cessar. Pequenos caças Kindred partiam para interceptar os saqueadores, mas era tarde demais.

A USS Shanbara, maior cruzador de Arkoria, seria destruído.

A tenente Valerian seguia a forma luminosa. Corria com toda a força de suas pernas aliada aos servomotores de seu exoesqueleto. Tinha uma missão e ela precisava ser cumprida. Agarrou-se à uma pilastra quando um abalo do cruzador ameaçou atirá-la ao chão. Com um movimento fluido pôs-se novamente em carga. Atravessou um cruzamento onde dois soldados jaziam mortos no chão e viu um oficial de alta patente encolhido de medo em um canto, aguardando a morte.

Valerian não podia se dar o luxo de sentir medo, não naquele momento. Chegou ao refeitório e continuou em alta velocidade, saltando por cima de uma das mesas que, tombada, obstruía o caminho. O ser de luz agora estava quase fora do alcance, flutuando sobre as escadas que levavam ao mezanino que, segundo ela lembrava, conduziria ao átrio.

Subiu as escadas galgando os degraus de três em três. Ouviu uma explosão à distância, e soube que lhe restava muito pouco tempo. Alcançou o átrio a tempo de ver a forma luminosa atravessar uma porta metálica. Apressou-se até a porta e, na pressa, chutou-a com força, quebrando a tranca e escancarando-a. Mais uma vez os servomotores de sua armadura classe A.M.A.Z.O.N.A. se mostravam versáteis e muito úteis.

Dentro do aposento, o ser de luz flutuava sobre um leito. Nele jazia a filha do rei de Arkoria, Helena. Valerian não poderia deixá-la para trás. Caminhou até a menina e a ergueu nos braços. Sorriu ao ver que estava sem ferimentos, apenas entorpecida, ainda, pelo sono de estase. Isso seria facilmente resolvido.

Ouviu passos se aproximando pela porta arrombada. Virou-se. Encarando-a estava uma criatura de metal e carne, um cyborg S.A.W. que se aproximou em fúria. Os dedos das mãos eram lâminas que se moviam como serras circulares. A boca, um universo de espículas afiadas. O golpe foi desferido e Valerian foi acertada no ombro esquerdo. Poderia ter se desviado facilmente, mas não quis expor Helena ao risco de ser ferida. O ser luminoso flutuou e circundou o cyborg em um halo, enquanto a tenente sacou sua arma e disparou quatro vezes. Quatro projéteis certeiros, que foram se alojar dentro do crânio do Cyborg.

Valerian correu pelos corredores, novamente guiada pelo ser de pura energia, até os Escape pods. Durante seu trajeto ela divisava a ruína da USS Shanbara. Gostaria de ter ficado e lutado até a morte. Mas não podia.

Afina, Helena precisava cumprir uma importante missão. E ela não conseguiria sozinha.

Adentrou o Escape pod e programou a rota. Seguiu-se um ruido surdo de desacoplamento e o baque da inércia residual frente ao Arremesso de Dobra.

A tentente Valerian deitou Helena em seu novo leito, enquanto se acomodava, sentada, aos pés da maca. Recostou a cabeça para trás, soltando seus longos cabelos ruivos, antes presos num coque. Estava exausta.

E a missão estava apenas começando.