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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Fazendo outra ficha




Pra mim, 2010 foi um ano um pouco cômodo. Se você me perguntar o que eu fiz durante o ano, a resposta estará cheia de "quases". Fiquei com um blog por um tempo, joguei rpg por um tempo, desenhei por um tempo, estudei por um tempo e viajei por um tempo.

Quase escrevi os contos que queria escrever no meu blog. Quase consegui finalmente realizar uma campanha de D&D onde os players fossem do Level 1 ao 20. Quase quadrinizei as histórias que eu estava afim. Quase consegui me regrar e estudar 3 horas por dia. Quase viajei para lugares novos, indo parar apenas nos velhos conhecidos.

No final do ano passado e início deste, conversei bastante com meus amigos de infância. Em especial com o cara que eu poderia, sem esforço, dizer que é um dos meus melhores amigos, se não o melhor. E meu rival também, nos desenhos e na escrita, no contar histórias. Ele me fez ver o que estava na cara.

"Quase" é uma merda.

Então voltei pra minha base de operações aqui no Rio de Janeiro, pra mais um ano. Só que 2011 não é mais um ano. Na faculdade é meu último ano como acadêmico. Nos estudos é algo sério, se preparando para uma big prova no fim do ano. No RPG dei fim à campanha que me desapontou e uma outra está em andamento, sendo divertida e com personagens marcantes.

Óbvio que nos desenhos e na escrita 2011 também não será "mais um ano". Foi por isso que surgiu na minha mente a mudança de endereço, de roupagem, de postura.

A Pena do Samurai foi o reflexo de 2010. Cômodo. Apegado ao arquétipo de sempre, escrevendo como sempre, sequer desenhando. Aqui vai ser um pouco diferente.

O Samurai já viveu as aventuras que tinha que viver. Teve sucesso, arraigado aos seus conceitos e sua rigidez. Agora é hora de, tendo no coração seus ideais, guardar sua ficha dentro da pasta. Suas aventuras não são mais divertidas e suas habilidades não são mais aprimoradas.

Com um papel em branco na minha frente, começo a desenhar. O próximo personagem tem que ser marcante, tem que ser divertido, carregado de ideais e de uma esperança quase impulsiva e imprudente, mas com o espírito daquele ideal antigo dentro de si. Não para ser um freio, mas sim um guia de precisão, para que a velocidade não seja desperdiçada e sim otimizada.

Tem também que representar aquilo que sinto a cada evolução. Um aprendiz, aspirante à algo maior. O desenho flui. Começo a delinear sua personalidade e sua classe.

Guerreiro. Sempre. É, de fato, o que mais se encaixa comigo. Tudo é uma luta e guerreiro sempre está disposto à combater.

Assim nasce essa ficha, este novo blog, cheio de velhos ideais.

Espero que gostem.

Grande abraço e até a próxima batalha!