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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Resenha - inFamous






Olá pessoal!

Esse ano que passou eu tive um grande upgrade na minha vida financeira. Passei de totalmente sem renda à estagiário. Embora agora eu seja meia pessoa, todo final de mês (seguinte ao que deveria cair) tem um dinheirinho a mais na conta. Juntei, juntei, juntei e finalmente pude comprar meu tão sonhado video game novo (meu último video game era o Super Nintendo!).

Estava procurando jogos para comprar (que fossem bem baratos, de preferência) e encontrei inFamous. Como foi sucesso de vendas, faz parte da série Platinum, que pega esse tipo de jogo e relança numa tiragem com um preço mais acessível. Encomendei e, uma semana depois, eis que tenho em mãos o game!



Fiquei empolgado e resolvi usar o espaço pra escrever as minhas opiniões sobre ele. Ainda não o terminei por isso não sei o final, e nem darei spoilers, pra não estragar a experiência de ninguém que venha a jogar ou esteja jogando.



Logo de cara, o visual ganha vários pontos. Belos gráficos te colocam em uma cidade grande, após uma catástrofe (é a abertura do jogo, uma explosão bem ao estilo Akira). No centro dela, encontra-se Cole, o personagem principal, que, como você, não faz idéia do que está acontecendo. Achei isso ótimo, afinal, cria uma identificação imediata com sua situação. Aprendemos de imediato que Cole será os seus olhos.

Você então descobre que ele, após a explosão, adquiriu poderes elétricos e pode disparar relâmpagos pelas mãos. Ele não sabe como, mas agora tem que escolher como vai usar seus novos dons em uma cidade devastada e sem lei. Logo após a explosão, uma praga está deixando os cidadãos doentes. O governo isola Empire City (a cidade cenário do jogo, lembra um bocado Manhattan) e as gangues de rua, antes apenas traficantes, tornam-se literalmente os imperadores do local.

Nesse contexto, o jogo se inicia.

Tá ok, você pode estar pensando, então é um jogo de super-herói?

Mais ou menos. No comando de Cole, você faz suas escolhas, podendo tomar atitudes bondosas ou "questionáveis". Seja altruísta e ajude as pessoas para se tornar um herói. Pense apenas em si mesmo e no seu bem estar, e logo logo será "infame".

No melhor estilo sandbox, você é livre para percorrer as ruas e fazer quase o que bem entender, dentro das limitações da engine. Achei muito interessante o sistema de escolhas. Existem momentos-chave no jogo, onde Cole pensa consigo mesmo quais são suas opções. Logo depois, você é livre para agir, lidando com as conseqüências e seu desenrolar.



Outro ponto que achei extremamente positivo são os personagens. Cole é um protagonista cheio de personalidade. Irônico e um pouco rude, o cara às vezes fala exatamente o que você está pensando ("então você me chama de terrorista, me insulta, e agora vem pedir a minha ajuda? ah, claro, por que não..."). Hostilizado por uma sociedade que não o aceita e tendo "amigos" que, por vezes, parecem não aceitá-lo igualmente, Cole tem motivos de sobra para ser do jeito que é.

Existem ainda dois personagens marcantes: Zeke, um cara gordinho em cujo telhado está a "base de operações" de Cole. Extremamente zoeiro e um tanto quanto egoísta, ele entra em contato com o personagem durante o jogo para lhe passar algumas side quests e dicas. A outra personagem importante na história é Trish. Médica e namorada de Cole, ela o culpa pelo acontecido (não é muito complicado de pensar isso, afinal, ele estava no centro da explosão), onde perdeu a irmã. Uma relação complicada entre os dois se desenrola, tensa como um relacionamento deveria ser nessa situação.



A inteligência do jogo também se sobressai. Uma cidade viva, cheia de civis andando pelas ruas, dividindo espaço com bandidos. Os cidadãos de Empire City são bastante orgânicos e consistentes. Demonstram medo ou admiração conforme presenciam as batalhas urbanas. Fogem e se escondem, não achando natural um cara sair por aí soltando raios pelos dedos. Conforme você toma suas decisões, as atitudes da população para com você também mudam, deixando realmente uma impressão de que suas ações fazem diferença.

As quests estão divididas em Story Quests e Side Quests. Como o próprio nome diz, as primeiras movem a história central do jogo, enquanto as outras são missões pararelas. Uma coisa que achei irada é o fato de que existem side quests "good" e side quests "evil". Dependendo de suas ações prévias, você pode se engajar em uma ou outra, e cada vez que você cumpre uma quest, uma quest oposta é trancada ( por exemplo, uma quest good é para proteger um desfile na rua, enquanto a outra é para atacá-lo. Fazendo uma, a outra torna-se impossível).

Nem tudo, infelizmente, são flores. Alguns pontos na jogabilidade deixam a desejar. Alguns movimentos de escalada e saltos são muito difíceis quando sua execução parece simples (por vezes, subir dois andares e cair no andar do meio é mais fácil do que simplesmente subir um andar). Existem também alguns bugs com os cidadãos e bandidos. Em alguns momentos é como se o asfalto fosse movediço e você vê aquele cara que acabou de ser derrubado por um raio tendo suas pernas engolidas pelo chão. Alguns civis parecem não se importar com a própria vida, ficando na frente de carros e sendo atropelados, sem nenhuma reação (de repente pode nem ser um bug, e colocaram pessoas suicidas no jogo, será? rsrs).

Esses bugs existem, mas não comprometem a diversão (aliás, em alguns momentos os bugs são a diversão, rsrsrsrs).



Por fim, achei muito maneiro o fato de as cut scenes (aquelas cenas entre o jogo, que contam a história) serem feitas como uma história em quadrinhos, com efeitos especiais. Te coloca muito no clima das HQs de Heróis, como Marvel ou DC.

UFa! Ficou meio grande, rsrs.

Finalizando, estou gostando muito, até agora, de inFamous, e recomendo para todos aqueles que estejam interessados em uma boa história, bons gráficos e diversão. Espero que o final seja tão bom quanto o restante do game!

Um grande abraço à todos, e até a próxima batalha!